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Numa tarde sem drama
Cadeira marcada na ponta da mesa.
Quem senta?
Certeza que sabe demais.
Uma vida boa e um semblante triste
que ainda insiste em classificar;
A cara sem coração
cumprindo a intenção
da verdade escolhida;
Indiferente é a dor
de quem não expõe a ferida.
Saia dessa sala!
Viva!
Vamos sentar na grama
Numa tarde sem drama,
que um desfile de cores
e o maior dos amores,
espera por nós;
Sem sonhos medidos e calculados;
sem vontades vazias e documentadas
na sua pilha de papéis;
O escritório que carrega no bolso,
quando atende cobre seu rosto
com vozes feias e quase cruéis;
Enquanto o sol cruza o céu,
quem vai cumprir o papel
de ser humano?
quem vai brincar com o tempo?
ninguém nasceu por engano!
Adriano Amendola